quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Em protocolo antigo (http://www.medicina.ufmg.br/edump/ped/paradacardio_r.htm)


PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
Grupo de Estudos em Reanimação Cárdio-Respiratória em Pediatria
Hospital das Clínicas / Depto de Pediatria da FM UFMG

Diversos estados patológicos podem levar a um quadro de Insuficiência Respiratória ou Choque, que, se não adequadamente abordados levam freqüentemente à falência cárdio-respiratória e em seguida à Parada cárdio-respiratória (PCR).
Vamos aqui abordar inicialmente a conduta frente ao paciente em PCR no ambiente extra-hospitalar e a seguir no ambiente intra-hospitalar.
Conduta frente ao Paciente em PCR 

A - Suporte Básico de Vida –
  1. Determinar o estado de consciência 3. Posicionar a Vítima
  2. Pedir Ajuda / Ativar o Sistema Médico de Emergência (193)



3. Posicionar a Vítima (Virá-la em bloco para decúbito dorsal) 


4. Abrir as Vias Aéreas
    ( em caso de trauma )
    Inclinação da Cabeça para trás
    Com elevação do queixo
    (Head tilt – Chin lift )
    Elevação do ângulo da mandíbula
    sem extensão da Cabeça
    ( Jaw – thrust )

  1. Verificar se o Paciente respira
VER - se o paciente respira
OUVIR - sons respiratórios
SENTIR - fluxo de ar

6. ( se ele não respira )
Ventilar 2x pelo paciente 

Adulto e Criança
Boca / Boca
Pinça no nariz

Lactente 
Boca / Boca + Nariz
Pesquisar Pulso
  1. Pesquisar Pulso

    Adulto e Criança
    (Carotídeo)

    Lactente
    (Braquial)

  2. ( Se pulso ausente )
    Iniciar Compressões Torácicas
    Adulto 15 Compressões / 2 Ventilações
    (alternadas)

    Checar o pulso a cada 4 ciclos
    ( 1 min.)
    Reiniciar os ciclos pela ventilação 
    Criança e LactenteCompressões / 1 Ventilação
    (alternadas)

    Checar o pulso a cada 20 ciclos
    ( 1 min.)

Ciclo: Adulto/ Criança / Lactente = 5 Compressões/ 1 ventiliação
Checa o pulso a cada minuto
ê Quando pulso presente / paciente não respira:
Ventilar : Adulto – a cada 5 segundos


ê Acessórios de Ventilação:


Máscara de BolsoUnidade Ventilatória
Bolsa – Válvula - Máscara





B– Intubação
Após as manobras iniciais de reanimação, o paciente deve ser intubado para melhor controle das vias aéreas.
EQUIPAMENTO A SER ORGANIZADO PARA A INTUBAÇÃO DURANTE A PCR:
    • Unidade Ventilatória com máscara e FiO2 100%
    • Laringoscópio
    • Tubos endotraqueais ( tamanho estimado + 0,5 cm )
    • Aspirador com sonda larga (10 A 14 F )
    • Fita adesiva
    • Oxímetro de Pulso
EQUIPAMENTO DE INTUBAÇÃO:

NEONATAL
EQUIPAMENTO
Peso do Recém-nascido
 
1 Kg
2 Kg
3 Kg
4 Kg
Diâmetro interno do tubo
2,5
3,0
3,5
3,5
Profundidade de inserção (oral)
7 cm
8 cm
9 cm
10 cm
Lâmina do laringoscópio
0
0
0 a 1
1


  • Número ( Diâmetro interno em mm ) para crianças acima de 1 ano:
Idade em anos + 16 Idade em anos 
__________________OU_______________+ 4
44

  • Profundidade de Inserção (cm) para crianças com mais de 2 anos:
Idade em anos 
__________________+12
2


C - Acesso Venoso –Durante a siuação de PCR é imprescindível que se obtenha rapidamente um acesso venoso. O acesso ideal seria um de grosso calibre e que sua obtenção não interferisse nas manobras de reanimação.

                     Protocolo para obtenção rápida de Acesso venoso
1o - Acesso Venoso Periférico( máx. 3 tentativas ou 90" )
                     ( Paciente Intubado: Drogas ET )
2o - Via Intra-óssea (IO) ( < 6 anos )
       V. Femoral * ( > 6 anos )
       V. Safena *


D - Drogas –
EPINEFRINA
Dose Inicial: Via IV ou IO : 0,01 mg/kg = 0,1 ml/kg da sol. 1:10.000
Via Endotraqueal (ET): 0,1 mg/kg* = 0,1 ml/kg da sol. 1;1000
Doses subseqüentes: Via IV ou IO : 0,1 mg/kg* = 0,1 ml/kg da sol. 1;1000
Via Endotraqueal (ET): 0,1 mg/kg* = 0,1 ml/kg da sol. 1;1000
(* exceto Recém-nascidos)

OUTRAS DROGAS
Bicarbonato de Sódio Acidose documetada
Quando a alcalinização sérica é necessária (PCR prolongada)
Cloreto de Cálcio: Hipocalcemia, Hipercalemia , Hipermagnesemia
Overdose de Bloqueadores de Canal de Cálcio
Naloxone: Depressão respiratória induzida por Narcóticos
DROGAS INOTRÓPICAS NO CHOQUE PÓS-PARADA
Choque com Hipotensão: Infusão de Epinefrina ou Dopamina
Choque Normotensivo: Infusão de Dobutamina, Epinefrina ou Dopamina

E– Rítmos Cardíaco sem pulso / PCR
1.Assistolia 

· RCP: Assegurar Vias Aéreas Hiperventilar com O2 a 100%
· Compressões Torácicas
· Obter Acesso IV ou IO
· Epinefrina a cada 3-5 min.

2. Fibrilação Ventricular
RCP ->
Desfibrilar até 3x se necessário ->
Epinefrina / Desfibrilar ->
Lidocaína / Desfibrilar

3. Taquicardia Ventricular sem Pulso 
RCP ->
Desfibrilar até 3x se necessário ->
Epinefrina / Desfibrilar ->
Lidocaína / Desfibrilar


Carga da Desfibrilação: 2 / 4 / 4 J/Kg
Próximas doses: 4 J/Kg
( 30 a 60" após epinefrina ou lidocaína )

4. Dissociação Eletro-Mecânica

Atividade Elétrica com QRS ao monitor/ Pulso ausente
* RCP: Assegurar Vias Aéreas
Hiperventilar com O2 a 100%
Compressões Torácicas
* Obter Acesso IV ou IO
* Epinefrina a cada 3-5 min.
* Tratar a causa
Causas de Dissociação Eletro-Mecânica:

Pneumotórax Hipertensivo / Tamponamento pericárdico / Hipoxemia e Acidosee Severas / Hipovolemia Extrema / Hiperpotassemia.




Protocolos da "American Heart Associaton" 1997
Programação Técnica: Marina Trópia G. Guerzoni

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