Primeiros socorros/EmergênciaPARADA CARDÍACA | ||||||||||||||||||||||||||||||||
07/08/2003 | ||||||||||||||||||||||||||||||||
A parada cardíaca é definida como uma cessação súbita e inesperada dos batimentos cardíacos. O coração para de bombear o sangue para o organismo e os tecidos começam a sofrer os efeitos da falta de oxigênio. O cérebro, centro essencial do organismo, começa a morrer após cerca de três minutos privado de oxigênio. O socorrista deverá identificar e corrigir de imediato a falha no sistema circulatório. Caso haja demora na recuperação da vítima, esta poderá sofrer lesões graves e irreversíveis. A compressão torácica externa é eficiente na substituição dos batimentos do coração por dois motivos principais: primeiro, pelo fato do coração estar situado entre o osso esterno (que é móvel) e a coluna vertebral (que é fixa) e, segundo, porque o coração quando na posição de relaxamento, fica repleto de sangue. Portanto, o coração ao ser comprimido pelo osso esterno expulsa o sangue e depois, ao relaxar-se, novamente se infla, possibilitando uma circulação sangüínea suficiente para o suporte da vida. Em caso de parada cardíaca, o socorrista deverá seguir as instruções abaixo: 1. Posicione a vítima deitada sobre uma superfície plana e rígida; 2. Verifique o pulso na artéria carótida (no pescoço) para certificar-se da ausência de batimentos cardíacos. Somente inicie a compressão torácica externa quando não houver pulso; 3. Localize a borda das costelas e deslize os dedos da mão esquerda. Para o centro do tórax, identificando por apalpação o final do osso esterno (apêndice xifóide). Marque dois dedos a partir do final do osso esterno e posicione sua mão direita logo acima deste ponto, bem no meio do peito da vítima. Coloque a sua mão esquerda sobre a direita e inicie as compressões. A compressão cardíaca é produzida pela compressão vertical para baixo, exercida através de ambos os braços do socorrista, comprimindo o osso esterno sobre o coração da vítima. A compressão torácica externa deve ser realizada com os braços esticados usando o peso do corpo do socorrista. Não esqueça que você deve realizar as compressões junto com a respiração de boca a boca. Se estiver socorrendo a vítima sozinho, dê dois sopros (ventilações) e faça quinze compressões, num ritmo de oitenta a cem compressões por minuto. Se o socorro for em dupla, para cada ventilação dada pelo primeiro socorrista, o segundo deve executar cinco compressões (ritmo de 80 a 100 por minuto). Com dois socorristas, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) deve ser realizada com um socorrista posicionado de cada lado da vítima, podendo os mesmos, trocar de posição quando necessário, sem no entanto interromper a freqüência de cinco compressões por uma ventilação (5x1). O pulso carotídeo deve ser apalpado periodicamente durante a realização da RCP, a fim de verificar se houve o retorno dos batimentos cardíacos. Verifique o pulso após o primeiro minuto de RCP e a cada poucos minutos desde então. Não demore mais que 5 segundos para verificar o pulso para não comprometer o ritmo das compressões. A compressão e a descompressão devem ser ritmadas e de igual duração. A palma da mão do socorrista não deve ser retirada de sua posição sobre o osso esterno, porém a pressão sobre ela não precisa ser feita, de forma que possa retornar a sua posição normal. Em crianças, a massagem cardíaca deve ser realizada com apenas uma das mãos posicionada sobre o meio do peito da vítima, no terço inferior do osso esterno. No socorro de bebês, o socorrista deve apalpar o pulso na artéria braquial, e realizar a massagem cardíaca com apenas dois dedos. Comprimir o peito do bebê, um dedo abaixo da linha entre os mamilos. Qualquer vítima inconsciente deverá ser colocada na posição de recuperação. Esta posição impede que a língua bloqueie a passagem do ar. O fato da cabeça permanecer numa posição ligeiramente mais baixa do que o resto do corpo, facilita a saída de líquidos da boca da vítima. Isto reduz o risco de aspiração de conteúdos gástricos. A cabeça e a região dorsal (coluna vertebral) devem ficar alinhadas, enquanto os membros dobrados mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável. A complicações mais comuns produzidas por manobras inadequadas de RCP são as seguintes: 1. A vítima não está posicionada sobre uma superfície rígida; 2. A vítima não está em posição horizontal (se a cabeça está elevada, o fluxo sangüíneo cerebral ficará deficitário); 3. As vias aéras não estão permeáveis; 4. A boca ou máscara não está apropriadamente selada na vítima e o ar escapa; 5. As narinas da vítima não estão fechadas; 6. As mãos foram posicionadas incorretamente ou em local inadequado sobre o tórax; 7. As compressões são muito profundas ou demasiadamente rápidas (não impulsionam volume sangüíneo adequado); 8. A razão entre as ventilações e compressões é inadequada; 9. A RCP deixa de ser executada por mais de 5 segundos (alto risco de lesão cerebral). As manobras da RCP não são indicadas nas vítimas que encontram-se em fase terminal de uma condição irreversível e incurável, mas uma vez iniciada a RCP devemos mantê-la até que: 1. Haja o retorno expontâneo da circulação (retorno do pulso). Continuar a ventilar; 2. Haja o retorno da respiração e da circulação; 3. Pessoal mais capacitado chegar ao local da ocorrência; 4. Socorrista estiver completamente exausto e não conseguir realizar as manobras de ressuscitação.
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quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Parada Cardiaca(drashirleydecampos.com)
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