domingo, 7 de agosto de 2011


Principais Mudanças Nas Diretrizes



Mudanças na seção pediátrica das Diretrizes Internacionais 2000 representam, em geral, qualificação e refinamento e não alterações de grandes paradigmas das Diretrizes de 1992. 1As novas diretrizes continuam a enfatizar a prevenção da parada cardíaca. As normas pediátricas de suporte básico de vida (SBV) detalham modificações específicas das técnicas nos adultos, necessárias para adequação às características anatômicas, psicológicas, etiológicas e psicossociais de lactentes e crianças. A seqüência inicial das intervenções do SBV na Corrente da Sobrevivência pediátrica continua baseada na etiologia mais comum de parada cardiorrespiratória (PCR), para uma determinada faixa etária, salientando modificações para situações especiais na ressuscitação.

Vários estudos têm documentado pouca retenção das habilidades pelos participantes dos cursos tradicionais de SBV e aumento na retenção de habilidades quando as informações nos cursos são simplificadas. Como resultado, todas as alterações científicas potenciais foram avaliadas com relação ao seu efeito na complexidade do ensino. Foram estimuladas mudanças que possam simplificar o ensino da ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

Os destaques da seção de ressuscitação pediátrica das Diretrizes Internacionais2000 são:

Corrente da Sobrevivência
• Foi considerada uma seqüência de ressuscitação baseada na etiologia, e mantida a seqüência baseada na idade ("telefone rápido" para lactentes e crianças, "telefone primeiro" para crianças 8 anos e adultos),(Classe Indeterminada).

• Podem ser ensinadas a socorristas leigos exceções da seqüência de ressuscitação baseada na idade, podendo incluir as seguintes:

- O socorrista que se encontra sozinho pode "telefonar rápido" (promover respiração de socorro imediata e outras etapas da RCP antes de telefonar para o SME) quando vítimas de submersão de qualquer idade são socorridas.

- O socorrista que se encontra sozinho pode "telefonar primeiro" (telefonar para o SME antes de iniciar RCP) após um colapso súbito de uma criança com história conhecida de doença cardíaca.

• Há necessidade de maior número e melhores dados a respeito da epidemiologia, tratamento e prognóstico da parada cardiopulmonar pediátrica2. Os dados existentes são insuficientes para orientar as recomendações da ressuscitação pediátrica. Esforços na coleta de dados devem utilizar terminologia consistente e registrar intervalos de tempo importantes. Elementos críticos para a coleta de dados foram descritos em um consenso internacional, as Diretrizes Pediátricas de Utstein para Registro do Prognóstico da Parada Cardiopulmonar Pediátrica3.

• O ensino das manobras na ressuscitação cardiopulmonar deve ser simplificado, e os cursos devem ser baseados nas habilidades e seu resultado monitorizado.

Seqüência do Suporte Básico de Vida

"Cheque" pulso
• Todos os socorristas são instruídos a avaliar sinais de circulação antes de iniciar as compressões torácicas:

- Socorristas leigos são orientados a avaliar sinais de circulação em vez de checar o pulso (Classe II a).

- Profissionais de saúde são orientados a avaliar sinais de circulação, incluindo checar o pulso.

Respiração de Resgate e Ventilação com Bolsa-Máscara

Educação em ventilação com bolsa-máscara deve ser incluída em todos os programas de SBV para profissionais de saúde (Classe II a).

Ventilação com bolsa-máscara pode promover suporte capaz de garantir a vida para lactentes e crianças em ambos os ambientes, extra e intra-hospitalar, sendo uma técnica que provedores de SBV devem dominar (Classe II a).

Compressão torácica e o uso de Desfibriladores externos Automáticos

• 
Se 2 ou mais profissionais de saúde adequadamente treinados estão presentes, a técnica de compressão torácica com 2 polegares e as mãos envolvendo o tórax é preferível em relação à técnica de compressão com 2 dedos para lactentes, quando for tecnicamente exeqüível. Esta técnica não é ensinada a socorristas leigos.

• Se a vítima de uma parada cardíaca extra-hospitalar tem idade > 8 anos (aproximadamente > 25 Kg de peso), o uso dos desfibriladores automáticos externos (DEAs) são encorajados (Classe II b), embora sejam limitados os dados a respeito do uso de DEAs nessa faixa etária.

Desobstrução de vias aéreas por corpo estranho
Foi simplificada, para socorristas leigos, a seqüência de manobras extremamente complexa de desobstrução de vias aéreas por corpo estranho (DOVA) na vítima inconsciente. A seqüência de desobstrução de vias aéreas por corpo estranho não foi modificada para profissionais de saúde (Classe II b).

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